quarta-feira, 29 de junho de 2011

Seu grande idiota

Aquela árvore do beco foi derrubada já um tempo. Mas, hoje... hoje eu vi. Ela foi dilacerada cortada ao meio. Lá se viam duas pessoas. Uma com um violão, outra com um copo de coca-cola. E como eles riam. E como eles se xingavam. Era nós dois, seu grande idiota.
Hoje, a gente não consegue ficar nem na mesma sala que precisa sair de perto pra tomar ar. Seu grande idiota, a árvore foi cortada. Culpa sua. Minha. De nós dois. Eu estou realmente cansada das indiretas em formatos de xingamentos. Me poupe de tudo isso. Seu grande idiota, eu chorei pra caralho por não olhar mais na sua cara. Você sabia que eu ando me sentindo deprimida, com uma dor no peito, um medo de ficar só? Não.
Você iria me ajudar. Não que eu não tenha mais gente, eu tenho, e são pessoas que realmente me ajudam, que realmente me ama. Mas, nas horas que eu ficava com medo de estar sozinha, se fosse a tarde, com certeza você estaria lá, seu grande idiota. Seu monte de merda, que me deixou de lado, que me xingou. Sim, eu mandei você ir se foder, mas você me provocou.
Queria poder pegar sua cabeça e bate-la na parede até que você recobrasse o juízo, e pudesse ver. Sou eu e você. Era inseparável, seu grande idiota. E agora, eu vou parecer uma grande idiota porque se, apenas se você ler esse texto (Algo que eu acho muito difícil de acontecer) você vai rir. Você poderia fazer tantas coisas, mas, você vai rir. Vai rir da minha cara, porque você não se importa mais, seu grande... idiota.

2 comentários:

comente aqui