quinta-feira, 24 de maio de 2012

Lembra?

Não quero te deixar partir. Essa dor no meu peito que mais parece a morte vai aumentar, o tempo inteiro. Todo mundo diz que vai passar, mas, não vai. Quando é pra ser, não passa de jeito nenhum. Se lembre da tarde proximo a janela escutando a nossa música, é isso que nós somos: dois em um. Não tenha medo de sofrer, sofrimento é opcional. Fique que eu faço massagem nos seus pés. Fique e eu te dou o meu dinheiro, o dinheiro da minha familia, o dinheiro que eu posso roubar do Banco Central, mas, fique. Fique, por favor. Você ainda me ama, muito. Só não estamos na melhor fase, você me ensinou que tem altos e baixos. E a maior  razão pra você ficar é a seguinte: Se lembra do dia, que você tava de joelhos, ao pé da cama e pediu a Deus um sinal de que eu era a mulher da sua vida? E eu estava na minha casa, e falei comigo mesma: Será que ele ainda tá acordado? E logo depois mandei uma mensagem dizendo que te amava? Se lembra de como você escutou a minha voz, no seu ouvido, como se eu tivesse ao seu lado, e no segundo seguinte recebeu mensagem? Você lembra disso? A gente demorou tanto tempo pra se encontrar, tanto tempo pra acreditar. A gente se perdeu tanto em outras pessoas, que pensou que não havia a pessoa que passaria a vida com a gente. Mas, cá estou eu, te fazendo lembrar que é só eu e você. Eu e você para o resto da vida. Lembra?

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O melhor video do dia dos namorados




Lindo. Lembre-se: Não ter ela ao seu lado vai ser uma dor tão grande como a morte. Fique atento enquanto ainda a tem nas mãos.

Doar e doer

Ele é só malvado. Eu falo dou minha opinião mas, ele não consegue ouvir, no meio da frase já me interrompe, porque ele sempre é mais importante. Estou cansada do egoísmo, das reclamações. Tão cansada que não consigo me mover. Fico parada olhando pra ele, e esperando tudo passar. Mas, nunca passa. 
Ele me interrompe de novo, porque o seu pedido é mais importante do que eu peço agora. Eu tô pedindo pouco. Quase nada. Mas, ele não é capaz de fazer isso também. Depois de tanto tempo, eu não sei como ficamos assim. Mas, ele só é malvado. Ele sempre foi assim. E eu? Eu sou psicopata, sociopata, tenhos manias meio masoquistas e um milhão e meio de fobias, tenho medo do escuro, tenho medo de palhaços, e o pior de todos, tenho medo de amar tão profundamente a ponto de esquecer de mim.
E meu maior medo tá na minha cara. Porque eu esqueço de mim, das minhas necessidades, por ele. Porque apesar dos milhões de motivos que temos para me separar dele, a gente se segura no único motivo que faz a gente ficar. Amor. O estúpido amor que faz a gente se automutilar todo santo dia. Faz a gente querer pular do prédio mais alto. Cortar todas as veias do nosso corpo só para ter certeza que não vamos voltar a viver e ter que voltar pro inferno que é amar. 
Todo mundo diz que o amor é o sentimento mais lindo do mundo. O mais perfeito. Mas, não é. É o mais doloroso, mais irritante. Porque quando a gente tá amando, não é mais o eu, é o ele. Tudo pra ele. Toda lágrima é pra ele. Todo sorriso também. E mesmo se você tiver precisando de uma roupa nova, você vai preferir comprar o presente pra ele. Porque ele vai sorrir primeiro de um lado e depois do outro na hora que você entregar a calça super skinny dele, e você vai achar isso fofo, e não vai nem lembrar do que queria antes disso. Porque ele é o mais esquisito de todos, o mais ignorante, o mais idiota que você conseguiu encontrar, mas, na hora que você tá chorando ele te põe no colo. 
O amor é o sentimento mais feio do mundo. Porque tudo que é lindo, é falso. Quando é verdadeiro, é feio mesmo. Dói mesmo. Porque quando é verdadeiro é difícil de achar, é de difícil de suportar porque é pra ser duro assim mesmo. Só o que é falso é assim tão fácil. As coisas boas são dificeis. E é o difícil que fode com a gente. Todo santo dia.
Para as meninas que estão à procura de um amor lindo e bonito, e cheio de flores e castelos, aqui vai o meu conselho e experiência: Ele não existe. Porque já cruzei com esses lindos de morrer mas, não durou. Não permaneceu. Eu era uma menininha que acreditava nisso. Ai, encontrei com um homem, que me fez mulher, e me fez enxergar o verdadeiro significado do amor. Amor é doar e doer. Sempre.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sujo e feio

Há tempos não escrevo, acho que é porque nada de interessante aconteceu mais nada minha vida. Nada acontece mais. A vida tá passando e eu tô aqui parada, feito um poste que serve de banheiro pros cachorros. Os cachorros. Termo que serve pra muita gente que já conheci. É certo que essa minha vida calma, de amor feliz, me deixa feliz. Sem choros à meia noite porque o filho da puta tava com outra naquela festa que eu não podia ir. Sem gritos histéricos com as minhas amigas porque aquele cara que não mandava notícias há semanas  resolveu me mandar um sms dizendo que tava com saudade. Tava com saudade é o caralho. Eu sei que não tava, ele só queria me apalpar naquela hora, só queria beijar meu pescoço e ter um pouquinho mais do meu corpo. Não tenho mais paciência pra correr pelo mundo atrás de um idiota que queira me amar. Eu encontrei o  idiota. E dos piores... Posso não chorar por ele ter ido a festa que eu não podia ir, mas, ainda choro porque ele esqueceu que eu tô aqui e ficar no Facebook o tempo inteiro. Posso não ficar histérica por uma sms de um filho da puta, mas, o meu filho da puta me faz gritar horrores em nossos aniversários de namoro, quando ele me leva pra cama. Ele me faz odiar a vida que eu tinha, e ao mesmo tempo querer matá-lo e fugir pra África, onde no calor escaldante eu pudesse ser um pouco menos psicopata, ou mais psicopata. Não sei. Só sei que a vida tá parada. E também não sei o que fazer. Sem aventuras, sem faculdades, nem trabalhos. Eu desejo com toda a angústia e solidão que vive dentro de mim, parar de ter medo. É isso. Eu tenho medo das grandes mudanças. Tenho medo de escolher errado, e fuder com o que sobrou da minha vida. Eu queria ser maior que os meus medos, mas, não sou. Queria a tarde calma, mas, isso me asfixiaria. Queria uma tarde voando de asa delta, mas, isso me mataria. Tenho medo de altura. A altura das coisas que me fazem temer chegar lá em cima e ter um velho mostrando o dedo do meio pra mim e que ele vá me dar um chute pra eu me esborrachar no frio e úmido chão da humilhação. Por isso continuo aqui no chão, esperando ter coragem e força, e uma bomba de oxigênio que me mantenha viva até o topo. Agora, tô ansiosa e procurando pelo cigarro. Procurando uma forma de fugir do mundo solitário e dolorido.
(O telefone toca)
Uma amiga liga pra mim, procurando por conforto. Fico sem ar, não sei como ajudar as pessoas sem ficar com o peso da dor delas no meu peito.
O namorado filho da puta dela deu beijos em outra menina. Ficou sem reação. Sinto a dor chegando. Meu peito fica dilacerado. Eu sei a dor disso, passei por isso, e tento me recuperar até hoje.
Tentei dar o conforto. E fiz o máximo. Desligo o telefone, e meu peito dói como se a dor fosse minha.
Acendo outro cigarro. Penso na vida.
Minha vida é parada, é quase sem vida. Sou sem destino e sem expectativas.
Mas, de vez em quando, faço valer a pena estar aqui. Minhas experiências às vezes não servem pra mim, mas, do pouco que vivi, posso aconselhar outras pessoas.
O mundo tá feio e sujo, mas, o sol tá a pino, e o calor esquenta nossa alma e isso já nos ajuda a seguir em frente.

Jessica Torres