quinta-feira, 29 de abril de 2010

palavras ao vento

A primeira letra do alfabeto é também a primeira letra da palavra amor e se acha importantíssima por isso! Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás e com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa...
Com B se diz "belo" - que é tudo que faz os olhos pensarem ser coração; e se dá a "bênção", um sim que pretende dar sorte.
Com C, "calendário", que é onde moram os dias e o "carnaval", esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data marcada. "Civilizado" é quem já aprendeu a cantar ´parabéns pra você` e sabe o que é "contrato": "você isso, eu aquilo, com assinatura embaixo".
Com D , se chega à "dedução", o caminho entre o "se" e o "então"... Com D começa "defeito", que é cada pedacinho que falta para se chegar à perfeição e se pede "desculpa", uma palavra que pretende ser beijo.
E tem o E de "efêmero", quando o eterno passa logo; de "escuridão", que é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas; e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem também "eba!", uma forma de agradecimento muito utilizada por quem ganhou um pirulito, por exemplo...
F é para "fantasia", qualquer tipo de "já pensou se fosse assim?"; "fábula", uma história que poderia ter acontecido de verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca; e "fé", que é toda certeza que dispensa provas.
A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a confundem com o J. G, de "grade", que serve para prender todo mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.
Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada.
O I de "idade", aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira.
J de "janela!, por onde entra tudo que é lá fora e de "jasmim", que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar assim.
L de "lá", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só pode ser completamente louco.
M de "madrugada", quando vivem os sonhos...
N de "noiva", moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro.
O de "óbvio", não precisa explicar...
P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.
Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.
E R, de "rebolar", o que se tem que fazer pra chegar lá.
S é de "sagrado", tudo o que combina com uma cantata de Bach; de "segredo", aquilo que você está louco pra contar; de "sexo": quando o beijo é maior que a boca.
T é de "talvez", resposta pior que ´não`, uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança... De "tanto", um muito que até ficou tonto... De "testemunha": quem por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.
U de "ui", um ài" que ainda é arrepio; de "último", que anuncia o começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidade de virar nenhum, pede cuidado.
Vem o V, de "vazio", um termo injusto com a palavra nada; de "volúvel", uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que querem que ela queira.
E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e de "xô", única palavra do dicionário das aves traduzida para o português.
Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro não se sentir o único culpado; de "zebra", quando você esperava liso e veio listrado; e de "zíper", fecho que precisa de um bom motivo pra ser aberto; e de "zureta", que é como fica a cabeça da gente ao final de um dicionário inteiro.




Adriana Falcão

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tardes vazias? jamais.

Alô? Oi, é você. Se eu vou fazer alguma coisa a tarde? Claro que não, parece que não me conhece. Tá, que horas? A de sempre não é? Ri. Tá, eu chego antes de tu sair, beijos. Chegando lá, um monte de gente bonita, feia, besta, simpática, mal humorada, e com roupas iguais, afinal isso é uma escola. Lá vem ela. Dá um sorriso e em seguida em abraço. Pronto. Vamos pra onde? Pra onde você quer ir? Centro? Estúdio? Shopping? Bater as canetas, pra não chamar de pernas? Vamos lá, tornar essa minha cor de doce de leite em açúcar queimado. Como andam as coisas? Sempre bem? A minha? Daquele jeito que eu te falei ontem, lembra? Pois é, o mesmo problema, a mesma tecla, os relacionamentos conturbados. Olha aquele. Olha aquela. Namorada de quem? Serio? Poxa, mundo pequeno esse. De quem é a mensagem que chegou? Vixi, o que diz? Deixa, deixa assim. Vamos comer alguma coisa? Sem fome? Sempre né? Tem um sofázinho lá em cima, bô? Senta a e. Pêra, vou tirar uma foto. Pronta. Ficou boa, ela e mais uns 15 efeitos do meu photoscape fica perfeição. Cinema pode ser. Que horas? Tá, eu venho. E ele? Vai nos matar num acha não? É, eu também num ligo muito não, mas borá. Já deu a hora? Fim de tarde né? Vamos? Tá, tenho que andar tudo isso ainda? Tá ta, borá. Posso te confessar uma coisa? Sim. Tardes vazias jamais.





millin albuquerque'

Mesclado


Cada palavra que um dia saiu, e um dia que há de sair de sua boca é ela. Ele vai ser sempre ela, mais do que já foi qualquer outra que já teve. É ela no modo de vestir, é ela no modo de agir, é só ela. Nenhuma outra que aparecer na vida dele vai conseguir apagar o passado entranhado nele. Aquele passado de risadas e brincadeiras. E um passado que cumpre a promessa de que ao tempo Dele tudo voltara ao seu devido lugar. /É, na verdade sempre foi ela, ele que quis se auto-enganar ao pensar que o que se foi não volta mais. Mas tudo isso se chama “óculos de enganação”, quando ele não quer ver, para depois conseqüentemente sentir alguma coisa, ele coloca esse óculos, ae tudo que ele vê ou pensa vira o contrario do pensamento momentâneo. E ele nessa farsa de emoções, acha que vai enganar alguém. Qualquer um que passa por ele consegue ver ela estampada no seu peito. Essa farsa só vai fazer ele enganar a si próprio. Seus óculos só servem pra ele tentar amenizar uma dor imensurável que existe mesmo em cada falso sorriso. /Hoje ele nem conta mais os dias para vê-la novamente, como de costume. Antes ele sabia cronometrado o momento certo da volta, dos vais e vens do seu antigo relacionamento, mas hoje, ele não conseguiu surrealizar em pensamento assim, não consegui nem imaginar como será essa volta que de tão esperada fede a mofo. E ele hoje só espera que o tempo passe, que a dor se acabe, e que um dia enfim ela esteja ao seu lado novamente. Só pra mostrar aos que duvidaram um amor de verdade. Mostrar que ele pode fazer de verdade. E que o amor de verdade não tem tempo, nem lugar. E também não é só o querer esta, tem que poder esta. Enquanto a hora não chaga, você pode vê-lo nos mesmos lugares, se divertindo com garotas que depois mal lembra o nome, de tanto que o nome dela ainda o preenche. /Enfim, que venha esse dia que nem esperado mais é, que venha o amor verdadeiro e junto com ele o fim dessa dor que de tanto doer, corroeu todo o meu ser. Minha alma já nem tem mais forças para poder se mover diante tanta desilusão, em meio da tanta pancada dada e levada. Mas é isso, bem vindo a vida de quem prefere morrer de amor, e não de completude cheia de farsa.

millin albuquerque & jess torres'

segunda-feira, 26 de abril de 2010

escolhas de uma vida


A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões". Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso. Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida". Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades. As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços... Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas. Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre. Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações. Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...! Pedro Bial

p.s.: escolha enquanto há tempo, e saiba que estarei aqui em qualquer escolha. tenho fé em vs, e fé é acreditar sem precisar de provas, lembra? amo vs (L'

sábado, 24 de abril de 2010

o começo do fim.


uma hora acaba. por mais que se tente, por mais que se faça, uma hora acaba. E cada um vai pro seu aldo, seguindo com suas lembranças e mágoas. E as únicas perguntas que ficam na mente é: onde foi que eu errei? onde tudo começou a dar errado? ou será que nunca deu certo? E procurando motivos e explicações para o fim, a gente acaba se perdendo nas nossas memórias. Em um minuto vemos a vida que construímos e destruímos ao lado do outro. Vemos aquelas mínimas falhas que a gente nem sabia que magoava o outro. Era só o jeito de falar ao telefone, ou uma palavra de carinho que o outro esperava ouvir, ou até mesmo aquela palavra grosseira que soltamos sem querer. E machuca. Machuca sem sentir. Machuca por agir, e por não agir e simplesmente machuca. E isso vai aumentando a cada dia sem a gente perceber e se torna uma bola de neve. E de repente, a gente vê que o amor que a gente sente por aquela pessoa não é o bastante para continuarmos ao lado dela. E antes do fim, a gente vê que nada foi em vão, tudo vai ficar pra sempre com a gente, o sofrimento vai servir pro nosso bem. Nada é marketing, nada é mentira. E até mesmo nas mentiras existe a verdade. A verdade do quanto é era bom estar com aquela pessoa, o quanto ela vai fazer falta. Mas, se o coração não aguenta mais, acabar vai ser melhor. E uma hora acaba. Sempre acaba.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

se importa?


não posso dizer-lhes que a sua existência não muda a minha, também não o digo que o que fazes é algo com o que não me aflijo. Porque hoje tua respiração e o bater do teu coração é o motivo por cada passo, cada gesto, cada suspiro de vida que há em mim. é o motivo pelo qual meu mundo gira. Porque o dizes faz eco na minha alma, de tão entranhado que estás no que sou. Palavras ferem, frases suas me desmancham, e dizer que não importo seria uma 'blasfêmia'. Me importo com quem estás, o que faz, e aonde vais. Me importo tanto contigo que esqueço de se importar comigo. não porque não me valorize, mas porque é assim mesmo que os apaixonados fazem, esquecem de si para se doar ao outro. E hoje, me importando tanto com você, queria que tivesse ficado aqui ao meu lado, queria que não tivesse saído por aquele portão para ir para aquele inferno, e te amo tanto, tanto, que te deixo livre. Quero você livre, e feliz. Queria tê-lo aqui do meu lado enquanto estou a escrever esse texto, porque a dor mais forte de um apaixonado é de estar longe do ser amado, e eu te amo. Será que podia por favor não perguntar se eu quero que você fique? porque a minha resposta seria sempre sim, sim, sim. Quero você seguro no seu lar. Quero você seguro dos outros. Quero você seguro para mim. Sou altamente possessiva e ciumenta. Surpreso? eu não. Tenho ataques de loucura quando você sai, penso besteiras, e acabo quase sempre chorando. Eu sei que sou louca. Surpreso? eu não. Sou louca, ciumenta, o que quiser. contanto, que você ainda esteja aqui, e que você se importe. Agora, antes que meu coração pare de bater, e todas as minhas veias se explodam, pode me dizer, por favor uma coisa... se importa?

sábado, 17 de abril de 2010

Nem meias verdades, nem meias palavras


Não quero meias palavras, não quero meios amores, nem meias verdades. Quero saber o quanto me ama, o quanto gosta de mim. Me fale o que não gosta, e o que gosta. Diga que odeia minhas vontades malucas e segundos depois diga que ama todos esses meus impulsos. Só quero ouvir da sua boca mais uma vez que está com raiva de mim, pra eu poder correr como uma louca para salvar as nossas vidas, e salvar minha sanidade. Nossos desentendimentos são irracionais, são sem nexo, sem porque. A gente só quer se ter, a gente só quer se amar. E a pedrinha do nosso sapato se transforma na rocha do nosso caminho. Pra falar a verdade, gosto de todas as nossas brigas, gosto de todos os palavrões, gosto de todas as palavras amargas. Enquanto você me xinga, eu só consegui ouvir: é eu gosto de você, eu te amo. Brigue comigo, mas, brigue com vontade. Pode brigar o quanto quiser, enquanto isso for sinal que você me ama, me xingue até ter um ataque do miocárdio. E todo esse amor que vem no ódio, é pra me dizer que você não ama pela metade, você me quer por inteira.

“ você diz que me quer com todas as minhas vírgulas. E eu te quero como meu ponto final.”

quarta-feira, 14 de abril de 2010

23 minutos



pessoas sem fala, falas sem nexo, visão turva, audição cansada, e vida sem sentido. era assim. assim antes de eu enxergar você. todos os dias você estava ali, tentando me ajudar, tentando me fazer levantar, e eu simplesmente não te via. não te via, porque você não estava nos out-doors da minha mente, nem nas propagandas das minhas lembranças, você estava guardado naquela gavetinha no fundo da minha inconsciência, você era só meu amigo. um amigo perfeito, um amigo que também não me dava bola, um amigo pra me dá a mão quando estava caída ao chão. e sem perceber, pouco a pouco, você me aquecia nas noites de frio, você me alegrava nas aulas mais chatas, você me cantava canções alegres, você me vestia com roupas claras, e você me amava. me amava como a uma irmã, me amava como a uma filha, mas, me amava. e esse amor que só aumentava. de repente, eu tava numa festa, um amigo se despedindo, eu chorando por causa dele, e você lá do meu lado. você afim da minha melhor amiga, e eu já estava afim de você. você se lembra? lembra de quando eu abraçava você enquanto você consolava? aquele consolo tinha muito mais malícia do que o que você pode imaginar. você me abraçava e eu sentia o calor do teu corpo, e eu pensei mais do que nunca em você. cheguei em casa, e meu pensamento estava a uma rua de lá, na sua casa, na sua cama. depois disso, eu viajei. e você como um bom amigo, me ligava todo o tempo, o tempo todo. me dava satisfação de onde ia, com quem ia, e a que horas voltava. e você me deixou feliz, depois de tanto tempo, eu estava feliz. cheguei de viagem, e você me deu aquele colar, escrito amizade. eu não tirava ele por nada nesse mundo, porque só com ele eu me sentia segura. e quando eu sentia que vinha aquela onda de tristeza, eu o beijava, só pra sentir que você estava ali, só pra sentir mais uma vez o teu abraço. e dois dias depois, estávamos namorando. e você zerou minha vida. você zerou cada placar de desespero, cada placar de agonia, cada placar de tristeza, cada placar de ilusão. e eu só via aumentar os zeros nos números de alegria, no número de risada, no número de amor. e você me salvou. ah, ia esquecendo... você se lembra da primeira conversa ao telefone que durou mais de 5 minutos? é, eu lembro. ela durou 23 minutos. e eu nunca esqueci ela, porque foi a partir dali que você me ganhou. em 23 minutos eu senti o que nunca havia sentido. eu senti que aquilo ia durar. eu não contei pra ninguém, ninguém ia me apoiar. nossa, ela tá afim do melhor amigo. e eu tava, e estou, e sempre estarei. parabéns, seu prêmio é me aturar pelo menos pelos próximos vinte e cinco anos. e eu vou cobrar o casamento viu? eu sei, eu sei que sou louca. gostar de você por uma conversa. mas, como já disseram uma vez, e eu ponho aqui novamente. eu gosto pelo prazer de gostar. e não porque deu tempo gostar. e eu gostei você.

é, é complicado


A vida é complicada. um dia é um, hoje já é outro e amanhã eu nem sei mais. Ontem meu amigo, hoje meu namorado, amanhã meu marido. A vida é simples. A gente aceita o que acontece, arca com as consequências de nossos atos e assim, vive. Sofri, chorei. E se eu pudesse escolher, sofreria e choraria novamente. Não me arrependo do que fiz, essas escolhas (ou erros) me levaram ao que sou me tornei hoje. Sofri por um, para depois poder amar o outro. O amor é complicado. Às vezes era outro, às vezes era um, e depois de muitas brigas e confusões descobri o que queria e pulei de novo nesse abismo chamado amor. O amor é simples. A gente ama e pronto. Não se sabe em qual sentindo, não se sabe em qual raça, não se sabe se é amizade, se é paixão; e a gente só ama. Um hora é amizade, dois segundos depois só quero saber de casar com ele. E só sei que o amo. E pronto. É simples. A vida e o amor são complicados, e andam lado a lado. Não há vida sem amor, e se há amor é como se não tivéssemos mais vida, porque só há a vida dele, só existe o coração dele a pulsar, só a existe a respiração quente dele perto do seu ouvido. A vida e o amor são simples. Vivo por isso amo, te amo e por isso existo. E pronto.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

é, isso é amor ( resposta)


Acordar bem cedo, levar pouco mais de um minuto
para tirar as remelas dos olhos, escovar os dentes,
e vestir a farda, vai de novo pegar o ônibus lotado,
cheio de gente cansada, no caminho não tinha mais
em quem pensar, ou melhor, até tinha. Mas, aquela
pessoa não era ainda a pessoa que ela precisava.
Chegava no colégio, voltava pra casa, e não encontrava
ninguém pra dizer o quão sozinha ela realmente estava.
Até que em uma dessas noites ela o encontra. Ele era
tudo que ela precisava, curtia hardcore, morava perto,
era estiloso, tão da forma que ela precisava, tão da forma
que ela imaginava. Ela sentiu medo, tinha um rolo e milhares
de problemas em volta desse guri, mas, mesmo assim ela
pulou de cabeça nesse penhasco de cabelos cacheados.
Eles podiam se aproximar de todas as formas possíveis,
podiam só se ver de vez em quando, só ser conhecidos,
mas, o destino tinha muita mais reservado pra eles dois.
E da forma mais sedutora, mais carinhosa, e apaixonante, eles
se encontraram, pelos lábios. Eles tinham o mesmo aspecto,
mesmos pensamentos, mas, infelizmente não a mesma intenção.
Ela queria ter 55 filhos, casar, e morar numa casinha no
campo com cerquinha branca, ela queria se acordada todos
os dias com café da manhã na cama, e ele... ele queria
só seguir a vida, queria continuar a desejar as coisas
que ainda havia pra desejar nessa vida. Ele queria mais
uma festa, ela queria mais uma curtição, ele queria mais
uma garota. Ela sabia que não era intencional, ela sabia
que ele tinha visto tudo o que queria nela, mas, o coração
dele não. Depois disso, veio a ruína, todas as coisas
que ele havia construído mesmo sem querer estavam ali
em pedaços. Seguindo a vida, ela se conformou, procurou novos
horizontes, procurou novas tarefas, procurou esquecer. Viu que
que não precisava dele. Depois de algum tempo, eles descobriram
um novo contexto, ele se chamava amizade, e eles viram que se
completavam não pelos lábios, e sim por afeto e confiança.
Então, ela acordou pra vida, e viu que precisava contar seus maiores
segredos pra alguém, esse alguém era ele. Ela o admirava, ela o conhecia.
Correu para seu msn, e lá estava ele, com suas frases profundas, e sempre
o melhor dos conselhos, e ela desabafou, contou o que passou e o que virá,
e lembrou. Lembrou da cor de doce de leite que ele tinha,
dos jogos da verdade que eles faziam, da música que ele tocava,
e do seu jeito, é, aquela voizinha de mulher, aquele sorriso
maior que o mundo, e nada mais existia. E ele zerou a vida dela.
Ela sempre esperou alguém como ele, não para se casar e ter filhos,
e sim pra sonhar e se aventurar, ou talvez inventar músicas numa rede,
ou somente andar ao lado dele para descobrir o que tem por vir, conhecer
mais gente, sair por aí, bater fotos, viver. E ela se deu conta
de que tinha chegado a sua completude, foi quando ela pôde respirar
e não sentir uma estaca entre o seu peito e seu estomago,
e ele a salvou. Ela podia sentir um anjo tirar a estaca dela, tinha
uma luz escura que brilhava intensamente, e a curou de todas as dores,
a dor da falta de alguém, a dor da falta de um amigo verdadeiro,
a solidão, mesmo em meio a multidão. E a gratidão que ela tem por ele
não existi. E ela sou eu, e você deve estar rindo desse texto,
mas, é só pra te agradecer por estar aqui, nas minhas tardes, nas minhas
manhãs, enfim, estar aqui. Aqui, dentro de mim, ou logo ali, mas, sempre
aqui. Eu te amo e nunca vou te largar!

( resposta á : http://palacioscastelos.blogspot.com/2010/03/acorde-bem-cedo-leve-1-minuto-e-meio.html)

sábado, 10 de abril de 2010

moça bem-comportada (até parece)


"Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. (...)

Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou." (M. de Queiroz)

infalivelmente...


O adeus continua em minha mãos sem querer sair ao teu encontro, porque cada momento que me dá motivos para dizer sim a ele, eu digo não, porque apesar de nem eu mesma acreditar que podemos continuar, você me dar forças mesmo sem perceber, você simplesmente beija minha testa em sinal de respeito quando devia rasgar minhas roupas e me beijar como se fosse aquele primeiro beijo, e você segura beija minha mão, quando devia pegá-la e me levar pra uma nuvem qualquer que nos levasse pra onde ninguém nos encontrasse e onde enfim, poderíamos ficar juntos em paz. E você com seu jeito bobo de tentar ser homem, mas, você é e sempre será o meu menino, por mais que você odeie quando te chamo assim, por mais que você tenha conhecido agora ser dito como homem, mas, você é só o meu menino que voltou a ser feliz como já tinha sido antes. E você me fez feliz como eu nunca tinha sido antes, e como eu nunca serei depois. Depois de ti... parando pra pensar nisso, eu não sei nem o que pensar. Porque não sei o que sou depois de você, porque eu realmente só consigo ser se for com você.

'... e ele mostrou-lhe uma mulher radiante, com lábios trêmulos, sorridentes, grandes olhos escuros e um ar de quem está a espera de que alguma coisa... divina aconteça. Ela sabia que iria acontecer infalivelmente.'

e aconteceu, infalivelmente hoje eu só posso dizer que te amo como nunca amei e nunca vou amar ninguém. E infalivelmente você me conquistou de um jeito que nem o maior do motivos me fará te dizer adeus.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

desisto (versão 2)


Desisto de querer deixar você, é acho que é isso, eu não consigo mais me imaginar sem você. Eu não quero mais lágrimas nos fins de noite, não quero mais olhos no chão, não quero mais essa certeza de que há tanta incerteza, mas, eu sei uma coisa que eu quero desesperadamente. Eu quero não sair do seu lado, eu quero não te perder, eu quero um abraço que nos una para sempre, e que não nos deixe seguir rumos diferentes. Desisto de tentar esquecer teu jeito de brincalhão e tua cara de homem sério. Desisto de parar de pensar na sua mão enorme que esconde a minha, e nas suas coxas perfeitas. Eu desisto de fazer força para não ver na minha frente seus olhos que ficam á procura dos meus, sua boca que se encaixa na minha, e teu sorriso que sempre é maior e mais aberto que o meu. Desisto de todas as noites que pensei em motivos para um fim, e de todas as tardes que quase o executei. Desisto de tentar apagar as lembranças de cada momento que foi como se não existisse mais ninguém no mundo, só eu e você querendo se ter. E sinceramente
, absolutamente, e definitivamente, eu desisto de deixar você. Ia doer demais não te querer.

p.s.: eu te amo gleilson moura <3

amor próprio ;]'


Em um relacionamento precisa ser ter duas faces de uma moeda, onde um lado se tem o amor a pessoa que está com você e tudo que fazemos, e faremos por ela; e o lado onde se encontra o amor próprio e tudo que o fazemos para o nosso bem. Certa vez, avistei uma menina que já não sabia o que fazer porque por mais que tentasse não esquecia o seu antigo amor, e chorava um luto desesperador por ele. Só que ela tinha uma coisa que meninas bobinhas e apaixonadas não tinham, ela simplesmente não corria atrás de alguém que não dava valor a ela. E nada como uma música melancólica e muito brigadeiro para afogar as mágoas. Mas, correr atrás de quem não correria por hipótese alguma atrás de você? NUNCA!