terça-feira, 27 de abril de 2010

Mesclado


Cada palavra que um dia saiu, e um dia que há de sair de sua boca é ela. Ele vai ser sempre ela, mais do que já foi qualquer outra que já teve. É ela no modo de vestir, é ela no modo de agir, é só ela. Nenhuma outra que aparecer na vida dele vai conseguir apagar o passado entranhado nele. Aquele passado de risadas e brincadeiras. E um passado que cumpre a promessa de que ao tempo Dele tudo voltara ao seu devido lugar. /É, na verdade sempre foi ela, ele que quis se auto-enganar ao pensar que o que se foi não volta mais. Mas tudo isso se chama “óculos de enganação”, quando ele não quer ver, para depois conseqüentemente sentir alguma coisa, ele coloca esse óculos, ae tudo que ele vê ou pensa vira o contrario do pensamento momentâneo. E ele nessa farsa de emoções, acha que vai enganar alguém. Qualquer um que passa por ele consegue ver ela estampada no seu peito. Essa farsa só vai fazer ele enganar a si próprio. Seus óculos só servem pra ele tentar amenizar uma dor imensurável que existe mesmo em cada falso sorriso. /Hoje ele nem conta mais os dias para vê-la novamente, como de costume. Antes ele sabia cronometrado o momento certo da volta, dos vais e vens do seu antigo relacionamento, mas hoje, ele não conseguiu surrealizar em pensamento assim, não consegui nem imaginar como será essa volta que de tão esperada fede a mofo. E ele hoje só espera que o tempo passe, que a dor se acabe, e que um dia enfim ela esteja ao seu lado novamente. Só pra mostrar aos que duvidaram um amor de verdade. Mostrar que ele pode fazer de verdade. E que o amor de verdade não tem tempo, nem lugar. E também não é só o querer esta, tem que poder esta. Enquanto a hora não chaga, você pode vê-lo nos mesmos lugares, se divertindo com garotas que depois mal lembra o nome, de tanto que o nome dela ainda o preenche. /Enfim, que venha esse dia que nem esperado mais é, que venha o amor verdadeiro e junto com ele o fim dessa dor que de tanto doer, corroeu todo o meu ser. Minha alma já nem tem mais forças para poder se mover diante tanta desilusão, em meio da tanta pancada dada e levada. Mas é isso, bem vindo a vida de quem prefere morrer de amor, e não de completude cheia de farsa.

millin albuquerque & jess torres'

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