sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Tô entrando numa nova onda ai. ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS!
Então, quem precisar me contatem por aqui, ou por e-mail.
Não se preocupe sua festa será magnífica!
beijos, Jessica Torres.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O mundo de Clarice por JESSICA TORRES

1º capítulo - Como tudo começou


"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatismo. E o amor, ao invés de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam."

Clarice Lispector

Ela fecha o livro, e respira fundo. "Não, não, o mundo não me agrada." Acaba repetindo aquilo como um mantra. No seu quarto decorados com fotos cheias de sorrisos e falsas felicidades, ela se sente bem. Bem melhor do que do outro lado da porta.

Passa a mão pela capa do livro, olha o escrito:

A DESCOBERTA DO MUNDO de CLARICE LISPECTOR

- Descobrir o mundo não é uma tarefa que é muito desejada por mim, e ao que me parece nem muito por você, né Clarice? - fala sozinha, olhando a capa do livro.

Alguém bate na porta, apesar de todos os avisos nela pra se manter longe.

- Vamos, Clarice! Vai se atrasar pro médico. - sua mãe, Rebecca, grita.

- Já vou! - ela responde.

Ainda de camisola de dormir, tira suas roupas e procura algo bem confortável. Acha seu jeans surrado e sua camiseta preta, calça sua bota e pronto. Desce a escada e se depara com o que para muitos de fora é uma família feliz. Na verdade, nem tanto.

Seu pai, Flávio, há tempos que se separar, tem até outra mulher, a Carol; mas, para manter as aparências e não traumatizar seus filhos que ainda sua mulher. A Rebecca, por sua vez, sabe de tudo, mas, prefere gastar dinheiro no cartão de crédito dele, do que se divorciar e ganhar uma mesadinha.

- E aí pai? Vamos? - Clarice apressa, para não ficar perto dos dois por muito tempo.

Flávio dá um beijo em Rebecca, e Clarice fica a se perguntar o porque que eles continuam com essa farsa. Afinal, se é por medo de traumatizar os filhos, com isso não tem que se preocupar. Os dois já estão no psicológo.

Clarice desce do carro, em frente do consultório, sem olhar pra trás pra se despedir de seu pai. Aqueles corredores da entrada já são conhecidos, brancos, longos, e frustrantes. Ela se impressiona de como tratam pessoas em um local tão deprimente. Ao chegar na sala do Doutor Mauricio, ele já está a sua espera.

Ela se senta no divã, como toda semana, e ele faz sempre as mesmas perguntas. Como você está sentindo hoje? Alguma novidade? Ela acha aquilo completamente desnecessário. O que ela for falar pra ele, poderia falar a sua amiga, melhor dizendo, melhor amiga Jane. Mas, ela pensa melhor e vê que nem tudo que ela conta ali poderia contar pra ela. Depois de relutar, ela começa seu monólogo semanal.

- Bom, desde semana passada que me tranco no quarto, o senhor sabe, é mais fácil conviver com as coisas se você não se obriga a ficar o tempo inteira com ela. Então, eu chego em casa do colégio, pego meu almoço e subo pro meu quarto. Assisto Tv, durmo um pouco, e aí mergulho no mundo onde eu queria viver. O mundo dos livros. Esse sim é um mundo que me agrada... Já sei, já sei doutor, antes que você abra a boca pra dizer algo, eu já sei o que o senhor vai dizer. Que me esconder em um mundo de fantasia não vai fazer com que deixe de existir os problemas que existem em mundo real. Mas, ameniza a dor sabe? Eu tenho 16 anos, tive um namorada na segunda série, e nunca mais gostei de ninguém. Meus pais fingem que estão felizes juntos, eu tenho uma única amiga e a minha vida se resume a viajar em um mundo imaginário perfeito. Você acha realmente que não dói? Sabe o que mais me irrita? Que eu poderia sim mudar. Que eu poderia sim, ser mais sociável, me abrir com meus pais, conhecer novas pessoas. Mas, só em pensar nisso me dá nojo. Esse mundo me dá nojo, com esse monte de gente hipócrita.

- Como você sabe se esse mundo é tão ruim assim, se você ainda não sai nem do seu quarto?

Clarice se calou imediatamente. Aquelas palavras penetraram a alma dela, e foi como um tapa. Com muita educação pediu para se retirar mais cedo, e o doutor não retrucou.

Saiu do consultório ainda pensando, em como seria sair pro mundo. Seria tão nojento assim? Perambulou pelas ruas para ver se encontrava algo que se encaixava na visão de mundo real perfeito do doutor. Encontrou um bêbado, em uma esquina qualquer, ele com um cheiro de cachaça muito forte, cambaleando e cantando um velha canção que ela mesma não conhecia. E ele parecia não ter um centavo no bolso, não parecia ter pra onde ir quando a noite chegasse, não parecia ter família, mas, ainda assim, cantava alegremente.

Clarice naquele momento se decidia.

- Está na hora de mudar isso... Eu não posso mais ser assim. Vou abrir minha boca, e vou cantar... e cantar... e cantar... Até minha garganta não aguentar mais.

Foi ai que Clarice entrou em um shopping próximo dali, ela não sabia mas depois desse dia sua vida nunca mais seria a mesma.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011



Os outros eu conheci por acaso. Você eu encontrei porque era preciso.
Guimarães Rosa

Feridas


Você nunca me doeu tanto. Me sinto como se só eu tivesse sofrendo com isso. Como se você nunca tivesse se importado na verdade, e que tudo isso tenha sido muito fácil pra você. Me sinto tão mal e você nem aí, passa por mim com seus óculos escuros, seu violão nas costas e nem olha pra trás. E eu também no olho pra trás pra ver pra onde você tá indo, só pra fingir que não me importo. Só pra ser mais como você. Mas, eu não sou. Eu me importo. Sinto muito.

sábado, 22 de outubro de 2011

tudo de bom pra vc.


Provavelmente não poderei te ver hoje, ou nos dias que se seguir. Mas, aqui vai o meus parabéns, pela pessoa que você é, pelos anos de vida que você completa hoje. Eu não vou poder te abraçar, mas, mesmo assim, lembra daquele abraço que eu já te dei, e vai ser como eu estivesse ai. Lembra do cheirinho de mingau, que eu lembro o cheiro do teu perfume daqui. As coisas mudaram muito desde o ano passado, mas, eu não deixei de te amar não, cabeludo. Eu te amo, e muito. As coisas não podem mudar por simples obstáculos que irão colocar sempre no meio da nossa amizade. Então, venho aqui pra te dizer mais uma vez: que ninguém vai me tirar do teu lado. Por mais que não estejamos fisicamente um ao lado do outro, eu sei que você ainda pode sentir o meu suporte e apoio a cada segundo do teu dia, a cada decisão que tu for tomar, eu vou tá lá. Sempre.
Vou terminar logo o texto porque senão iremos começar a chorar, e não é hora de tristeza e sim de alegrias.
Feliz aniversário, melhor amigo. Distante, mas ainda assim melhor amigo. Eu te amo. Sempre.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Escrever ou não escrever, eis a questão


Eu perdi a textura do texto. Eu perdi o gosto que ficava meus lábios quando minha boca tocava o papel escrito. Já não sei mais se me chamo escritora ou idiota que escreve besteira. Por tempos achei que escrever era um dom, mas não. Eu escrevo agora apenas pra preencher essas linhas em branco com qualquer coisa que vem na minha cabeça. Mas, afinal, eu estou escrevendo. A gente tem mesmo é que soltar os dedos e desatar a escrever, sem saber o porque. Esse deve ser o texto mais sem sentido que já escrevi na minha vida. Mas, tá ai. Esse texto pode não ter sentido algum, mas ainda sei que qualquer palavra que escreva é pra você, meu bem.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O estivador amendoado



Volto com o pescoço alongado de tanto perseguir com queixos altivos a sua beleza. Um nem aí escravo. O estivador amendoado não é seguro mesmo dentro de tanta enlouquecedora beleza. Enquanto ele se move de um canto a outro da festa, como dezoito sobremesas de chocolate para não ajoelhar no meio do evento, na frente de todos, e abrir o zíper do estivador amendoado. Sinto espasmos de ataque percorrendo meu corpo. Cada centímetro de mim quer ter boca para degustar cada centímetro do estivador amendoado. Seu braço é uma coxa minha e isso me emociona mais do que cem garotos angelicais lendo Dostoievski em puro russo. Medi com uma língua imaginária seus ombros e na metade, próximo a nuca, acabava a minha saliva. Você é homem de exaurir pessoas e suas imensas porcentagens de água. Sua existência exige do mundo melhores peles, melhores líquidos, melhores pelos. Você constrange a humanidade só de respirar. O oxigênio volta mais agradecido sempre que pode entrar e sair do seu largo e desenhado peitoral. Mas o estivador amendoado, ainda mais bonito por não saber de tamanho poder, fica frágil e sente ataques de ansiedade. E desaparece. Vai tomar ar como se o ar já não estivesse louquinho de desejo para ser tomado por ele. Acha que é doença mas é a lua que implora para vê-lo novamente. É o céu que cansado de embrulhar tanta gente feia clama por sua existência ao ar livre. É o sol que exaurido de iluminar os erros humanos precisa ser ofuscado um pouco por outro astro. Sim, nada é mais brega do que observar o estivador pensando tantos elogios de botequim. Estivador vai até a sacada, fecha os olhos, lamenta algo. Não lamente mais, eu dedicaria cada segundo da minha vida em vesti-lo, alimentá-lo e animá-lo. Sente-se nu em meu sofá e ganhe cinqüenta reais a cada vez que seus olhos amendoados piscarem. Mais cem reais a cada vez que seus cabelos amendoados caírem sobre seus cílios amendoados. Eu não sei que cor é essa "amendoada" mas sei que você é todo dessa cor que não sei direito. A cor de um dia frio com sol. A cor de uma noite com luzes quentes. Eu pagaria imposto a Deus pra ter você em minha casa, eu pagaria imposto ao diabo pra não ter você em minha casa por alguns dias só para me assustar dessa forma, depois, quando você surgisse de novo do alto da escada, perguntando se vou querer pipoca ou chocolate. Você me assusta como deve ser a alguém miserável encontrar um carro forte abandonado. Estivador amendoado, você arrancou as talas dos meus braços, sua beleza endureceu meus dedos. A ereção dos dedos que precisam te tocar então tocam as letras e formam um texto para usufruir você. Escrevo pra ver se gozo de alguma forma e volto a dormir. Você me dá ânsias em lugares que não tenho. Você sorri com sua cara séria e nunca sei se você está se divertindo ou odiando tudo. E então começo a fabricar sêmens dentro do meu coração. E então meus buracos se transformam em lanças para te furar inteiro. Fico tão fêmea que nem pareço mais com uma mulher. E então sinto dores inchadas em minhas bolas quando você parte mais uma vez, sem que eu pudesse lamber suas axilas e morder sua virilha e chupar seus dedos. Eu desejo trepar com pedaços seus que não são só feitos de orifícios, línguas e paus. Eu desejo trepar com seu nariz, colovelos, calcanhares e com os ossos salientes da sua bacia quadrada. Bacia quadrada, rosto quadrado. Você num quadro, milhões de euros, eu a pagar com gosto e sem pressa o preço mais caro do mundo. Mas em centavos, para que nunca termine a imensa oferta da sua beleza. 

sábado, 10 de setembro de 2011

Vai passar



“Olhe, não fique assim não. Vai passar. Eu sei que dói, é horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas agüenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Aliás, a vida é assim: A r d e, depois passa. A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta as dores da vida. Pense assim: Agora está insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou, agora já são dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que há duas linhas atrás. Você acha que não, porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já está lá longe. (…) A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou. Agora não dá mesmo para ser feliz, é impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. Como cantou Vinícius: “É melhor viver do que ser feliz”. Porque para viver de verdade a gente tem que quebrar a cara, tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu, querer muito e não alcançar, ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável, a gente perde, leva porrada, é passado para trás, cai. Dói, eu sei como dói. Mas passa. Está vendo a felicidade ali na frente? Não, você não está vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando, você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la para trás é continuar andando. Você vai ser feliz. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade, eu não minto. Vai passar.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

6:00


Seis da manhã e a saudade apertar porque não tem os teus pés aqui pra esquentar os meus. A saudade aperta porque eu tô longe de ti.. Uma quadra não é muito, mas já é o bastante para eu sentir sua falta. Então vem pra cá moço bonito, vem me fazer carinho.



"E eu acho que gosto mesmo de você, bem do jeito que você é." - Pitty

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Açaí

Eu ainda não tinha escrito pra você guri. Pois tá aqui. Não sei se você olha mais meu blog, mas, tá aqui. Eu e você era mais do que aparentávamos, a amizade era bem maior, a cumplicidade, o carinho. Nós nos dávamos muita importância. Apesar de não estarmos nos falando, eu penso se você tá bem, e fico mal. Porque eu não posso te ligar pra te perguntar. E fico pior ainda quando todas as pessoas ao meu redor podem, e eu não. Pode tudo ter sido um erro, pode ter tudo sido um engano. Mas, eu só queria aquela pessoa companheira que escutava as minhas histórias de vida, de todos os meus 16 anos de idade, e que ficou com a minha única herança... A Fresno. E eu peguei uma herança que você nem sabe... Ontem, senti saudade de conversar com você, então, já tava perto de um lanchonete pequena, e fui até lá, você nem sabe, e nem viu... mas, eu tomei açaí (risos), é eu tava tomando açaí. Eu sinto saudade de poder ter um amigo como você por perto, mas, agora... eu não posso. Um dia, quando tudo estiver bem, eu te ligo, e te chamo pra sair.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011



Amiga: Ele é errado pra você.
Ela: Eu sei. Ele tem umas manias ridículas de usar a meia da mesma cor da blusa, pentear o cabelo para dois lados diferentes, misturar as cores das uvas e ainda bebe leite toda manhã. Ele não abre a porta do carro, não dança nada, aliás, pisa muito no pé. Não tem letra bonita, as poesias dele são letras de músicas e sabe o que é pior? Ele não tem vergonha de sair de pijama na rua. Ele te joga no chão para te fazer morrer sem ar. Quando você cai, ele ri de você e depois cai no chão junto. Ele não é metade do que esses meninos são, não é rico, não tem pai bilionário, não come só carne branca, não é saradão, não usa essas camisas xadrez e nem fica soltando amores por aí. Ele não é meu príncipe encantado não. Não vale nada não. Aliás, ele é muito chato. Ele gosta de te irritar só pra dizer que você é estressada. Quer chamar ele de idiota? Chama. Ele é. Muito, tipo, muito idiota. Passa um dia com ele, você não suportaria o machismo e a falta de humildade dele, tirando as piadas sem graça e o jeito como ele faz você passar vergonha. E sabe o que é pior do que todos esses mil defeitos que ele tem? Que eu posso estar com o homem mais perfeito do mundo na minha frente, mas quando eu fechar os olhos eu vou lembrar do jeito que ele sorri primeiro de um canto e depois de outro.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

– Só sei que nós nos amamos muito…
– Porque você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?
– Não, eu falei no passado!
– Curioso né? É a mesma conjugação.
– Que língua doida! Quer dizer que NÓS estamos condenados a amar para sempre?
(…)
– E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações…
– Pensar assim me assusta.
– Por que? Você acha isso ruim?
– É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais…
– Você usou o verbo ‘doer’ ou ‘doar’?
(Pausa)
– Pois é, também dá no mesmo…

Caio Fernando Abreu

sábado, 30 de julho de 2011


E eu me lembro de quando você era o Batman, e eu o Robin.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

The climb



E eu só quero que você saiba que isso é só mais uma montanha. E a cada montanha que a gente passar vai ser um jeito de medir até onde o nosso amor vai. Não larga a minha mão tá? Eu sinto medo quando não estou do teu lado. Por favor, continua falando... assim eu sei que é só a sua voz que eu quero escutar e não fico atordoada com todo esse silêncio. Não vai embora, fica mais um pouco, me abraça mais uma vez... Não faz assim, não diz que ficar sozinho. Você é a única pessoa que eu não posso viver sem. A única que me restou. Então, fica aqui. Promete que nunca vai me deixar. Esse texto bobo, são palavras que eu já te disse tantas vezes, mas, não custa relembrar, moço bonito. Eu te amo. Será que ainda é tarde pra dizer? Eu te amo. Eu não me importo com a hora, só quero que você me escute, e retribua, porque eu te amo. Eu gasto noites pensando você, guri. Não duvide de tudo que nós temos. É tanta coisa que você não precisa nem pensar muito, para ver tudo. E o quanto eu sou sua, e você é meu. Eu te amo. Não esquece disso nunca, e não demora pra me ligar... Aqui tá ficando frio, e escuro sem você... eu já não sei mais o que fazer.

sábado, 23 de julho de 2011





Confesso que não é tarefa fácil colocar um ponto final de uma hora pra outra nessas histórias. Somos seres românticos, abduzidos pelos finais felizes dos filmes e livros. A gente sempre acha que alguma coisa vai mudar, que ele vai perceber tudo o que está perdendo e vai aparecer com flores na porta da nossa casa. Mas a realidade é diferente. Não somos a Julia Roberts, não estamos numa comédia romântica e, na vida real, homens são simples e previsíveis. Quando eles querem alguma coisa, não há nada – nem ninguém – que os impeça. Portanto, anotem aí: quando um cara está afim de você, ele vai te ligar, ele vai te procurar, ele vai te beijar, ele vai querer estar sempre com as mãos em cima de você. Não sou radical, apenas cansei de dar desculpas pra erros que não são meus. Ou são. Afinal um cara bacana sempre dá pistas de que é babaca. Só não enxerga, quem não quer.

Porque, Deus? Porque ele?



Você vem como uma canção bonita. Como uma canção agradável. Você começa a falar, e reclama. Reclama do jeito que vivo a minha vida. Reclama de tudo. Grita, esperneia, e basta olhar no meu olho, segundos após, e nós já estamos nos beijando. Eu não consigo deixar você ir embora, não quero te mandar embora. Mas, porque? Quando você começa com suas bobagens, eu penso: Porque, Deus? Porque ele? Ai, Deus me responde da forma mais simples: você pega na minha mão, e começa a fazer carinho nela. Mesmo brigando comigo.
Você prefere mudar de assunto do que continuar uma discussão.
Pera aí. A gente não tava discutindo? Porque já estamos falando de como o seu dia foi cansativo? Eu não tenho culpa. Entende? Não sou eu que te estresso lá.
Deus, porque? Porque ele?
Ai, você me beija. E desse jeito torto que eu sei que não posso viver sem você. Meio dramática né? Espera só pra ver se você continuar aqui.


- Você começa…
- Ok. Diz-me a primeira coisa que pensas quando me olhas…
Sexo.
- (risos)
- Fale sério!
- Penso que é contigo que quero viver o resto de meus dias. É o teu sorriso que pretendo ver ao acordar. É o teu corpo que pretendo tocar. Tua voz que pretendo ouvir antes de toda luz sumir. É a tua mão que quero junto a minha. Mas o que eu mais penso ao te olhar é; “como tal perfeição pode estar assim em minhas mãos? Com tantas pessoas por aí, porque escolhesses logo a mim?” É isso… Agora me diz; e você? O que pensas ao olhar para mim?
- Faço das tuas palavras as minhas. Olho para ti e penso: “Deus, nunca o deixe partir, eu sei que ele é muito para mim, mas não deixe, não o deixe nunca partir.”


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Amar é punk!



Eu já passei da idade de ter um tipo físico de homem ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranho (bem estranho). Tivesse um figurino perturbado. Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante). Soubesse tocar algum instrumento. E usasse All Star.


Uma coisa meio Dave Grohl.


Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou. É, pessoal, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo FODA. E, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual uma pangaré. (E escrevendo textos no blog para que ele entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é DIFERENTE).


Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez.


Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçada sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas.


Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e meus futuros livros iriam pra seção B da auto-ajuda, com um monte de margaridinhas na capa. Mas, CARAMBA! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido.


Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrões. Amor é RECONSTRUÇÃO. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios.


Demorei anos pra concordar com meu querido (e sempre citado) Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio!


Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK.

por  Fernanda Melo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do Amigo

Não posso deixar de postar hoje. Afinal, hoje é um dia muito especial. É um dia que eu tenho de lembrar e agradecer muito. Porque, nossa, quantas coisas eu devo aos meus amigos... a maior parte do que sou hoje, eu devo a eles. Devo todas as vezes que eu desamparada chorei e eles como meus amigos me deram seu ombro. Meu Deus, foram tantas as vezes. Devo também todas as risadas que eles me deram. Todas as tardes maravilhosas. Todos os beijos e os abraços. Agradeço até pelas broncas. Devo também à aqueles que me deixaram. Foi bom enquanto durou. Agradeço principalmente à aquele amigo, que é bem mais que isso, porque, meu deus, como ele é bom de cama. Agradeço à Deus, por me dar esses anjinhos que às vezes vem em formato de dêmonios... só pra gente poder se divertir mais.

p.s.: amo vocês.

quarta-feira, 6 de julho de 2011


“Para vocês mulheres que desacreditaram dos homens, nem venham dizer que principes encantados não existem, pois eles existem, eles só não vem mais com uma roupa de galã branca em um cavalo branco, os principes encantados, são aqueles caras que dormem e acordam pensando em vocês, pensando em uma forma de fazer vocês felizes por mais um dias, pensando em arrancar um simples sorriso, algumas infelizmente não tem o principe encantado porque ao invés de escolhê-lo, escolheram ao bobo da corte por ser mais bonitinho e engraçado.”
Tati Bernardi 



Para Shara Lima. <3

terça-feira, 5 de julho de 2011


Eu Odeio Gaivotas

(tradução)
Eu odeio gaivotas e eu odeio ficar doente
Eu odeio queimar meu dedo na torradeira e eu odeio lêndeas
Eu odeio cair
Eu odeio ralar meu joelho
Eu odeio tirar a casquinha do machucado cedo demais
Eu odeio dor de dente
Eu odeio quando é uma bobagem
Eu odeio todos os erros que cometo
Eu odeio rudes bastardos ignorantes e odeio esnobismo
Eu odeio quando à quem eu sirvo batatas fritas não quer falar comigo
Mas eu tenho um amigo
Com quem eu gosto de ficar
A qualquer momento eu posso encontrá-lo
Eu gosto de dormir em sua cama
Eu gosto de saber o que está passando pela sua cabeça
Eu gosto de ter tempo, e eu gosto da sua mente, e eu gosto quando sua mão está na minha
Eu gosto de ficar bêbada durante as músicas na praia
Eu gosto de colher morangos
Eu gosto de chá de creme e gosto de ler histórias de terror
E meu coração bate mais forte toda vez que nos encontramos
O tempo está passando e seu sorriso é quase como uma memória
Mas agora você está de volta e eu estou bem pois você está comigo
E eu estou apaixonada por você
E eu não consigo encontrar as palavras para fazer isso soar bem, mas,
Honestamente, você me faz forte!
Eu não consigo acreditar que encontrei alguém como você
Espero que continuemos assim
Porque você é tão legal e eu estou apaixonada por você
Oh, Ohoh, Oh, Oh, Ohoh, Oh, Oh, Ohoh...






domingo, 3 de julho de 2011

Eu gosto

Gosto de te lembrar no meio da noite. Lembrar o modo de como tu espera eu fechar os olhos para começar a passar a mão pelo meu corpo. Gosto de lembrar daqueles dois sinais que são quase imperceptíveis no teu ombro, gosto de lembrar das marcas de idade que já tem no teu olho. Gosto de lembrar do modo que mesmo eu estando gorda, feia, e toda desarrumada, você só consegue olhar pra mim e dizer: nossa, como você é linda nua. Gosto de lembrar de como você apertar os nossos corpos para poderem se unir mais, e formar um só. Gosto de lembrar do beijo com sua respiração profunda. Gosto de saber que você vai segurar minha mão, quando meu mundo começar a girar por causa da minha labirintite. Gosto do modo que mesmo que nós estejamos no meio de uma transa e eu sentir qualquer coisa, você esquece todo e qualquer tipo de prazer pra poder se preocupar comigo. Adoro, mesmo e muito, quando você me bota no seu colo e me faz sentir como a sua menina. Ah, meu Deus! Eu amo quando você dá aquele sorrisinho torto enquanto você meio que está dormindo e eu passo a mão no seu rosto. Meu Deus, que sorriso torto é aquele! Eu adoro o modo quando já sonolento me liga pra dar boa noite, e amo mais ainda saber que vou fechar os olhos e vou lembrar de tudo isso.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Seu grande idiota

Aquela árvore do beco foi derrubada já um tempo. Mas, hoje... hoje eu vi. Ela foi dilacerada cortada ao meio. Lá se viam duas pessoas. Uma com um violão, outra com um copo de coca-cola. E como eles riam. E como eles se xingavam. Era nós dois, seu grande idiota.
Hoje, a gente não consegue ficar nem na mesma sala que precisa sair de perto pra tomar ar. Seu grande idiota, a árvore foi cortada. Culpa sua. Minha. De nós dois. Eu estou realmente cansada das indiretas em formatos de xingamentos. Me poupe de tudo isso. Seu grande idiota, eu chorei pra caralho por não olhar mais na sua cara. Você sabia que eu ando me sentindo deprimida, com uma dor no peito, um medo de ficar só? Não.
Você iria me ajudar. Não que eu não tenha mais gente, eu tenho, e são pessoas que realmente me ajudam, que realmente me ama. Mas, nas horas que eu ficava com medo de estar sozinha, se fosse a tarde, com certeza você estaria lá, seu grande idiota. Seu monte de merda, que me deixou de lado, que me xingou. Sim, eu mandei você ir se foder, mas você me provocou.
Queria poder pegar sua cabeça e bate-la na parede até que você recobrasse o juízo, e pudesse ver. Sou eu e você. Era inseparável, seu grande idiota. E agora, eu vou parecer uma grande idiota porque se, apenas se você ler esse texto (Algo que eu acho muito difícil de acontecer) você vai rir. Você poderia fazer tantas coisas, mas, você vai rir. Vai rir da minha cara, porque você não se importa mais, seu grande... idiota.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dois bebês na maternidade conversam: - Oi você é menina? -Sou sim e você? -Sou menino! -Como você sabe? -Deixa a enfermeira sair que te mostro! Disse o menino com cara de safado. - Ela saiu vai me mostra? O menino levanta o lençol... - Viu? Meu sapatinho é azul.





Finalmente, férias.

sábado, 25 de junho de 2011



E depois de tudo que nos aconteceu, eu não quero mais ir embora. Você continua a ser a minha vida.

Pai


O amor incondicional é uma coisa que poucos sentem. Ou melhor, sentem, mas de poucas maneiras. O único que você provavelmente vai encontrar é aquele que você vai ver nos olhos da sua linda filha de 5 anos que quer porque quer a barbie nova. Sua filha que chora porque não consegue escrever seu próprio nome ainda, e que queria poder usar salto alto. Nossa, como você vai amar essa menina. Vai fazer de tudo por ela. Você daria sua vida por ela. Essa menininha que é super teimosa, mas, que quando quer dormir vem pro seu colo pra você cantar a música que ela gosta ou então a historinha daquela princesa linda. Amar desse jeito você nunca vai amar. O amor que você vai dar pra essa menina você não vai dar a ninguém mais. Agora, pare um pouco pra pensar. Essa menininha é você. E seu pai é o dono desse amor incondicional... Qual a última vez que disse 'eu te amo' pro seu pai? 

p.s.: pai, eu te amo. muito. sempre. 




Sei que ainda não é Agosto, mas, deu vontade de homenagear os nossos heróis.

Não estou escrevendo nada. Sinto uma espécie de esgotamento (daí, viajar também por isso seria bom). Precisava me renovar, de alguma forma.

sábado, 18 de junho de 2011

i can to be more.

Eu posso ser mais. Mais do que apenas uma menininha frágil, chorona. Mais do que uma mulher centrada e fria. Eu posso ser mais do que uma estudante regular. Mais do que uma profissional exemplar. Posso ser mais que uma namorada chata. Mais do que a melhor namorada do mundo. Posso ser mais, não porque os outros dizem, mas porque eu quero. Eu quero ser mais, acima de tudo, pra mim. Eu posso ser mais... eu posso ser eu mesma.

terça-feira, 14 de junho de 2011

- Obrigado por ter aparecido na minha vida, mesmo que assim, tao de repente.
só te peço que nunca me deixe. Eu prometo, que serei a amiga que voce precisar, sempre que precisar,mesmo que nao precisar,k. vou trazer o mundo a voce, vou te ajudar e prometo nunca te deixar desistir de algo, ser sua resistência, vou ser o que precisar, serei sua conciencia, nao quero te ver triste, apenas com um olhar feliz e um belo sorriso estampado no rosto .


Eu era sua, a sua menina, a sua criança, a sua mulher, a sua escritora predileta, a sua parceira de dar risada de programas estúpidos que passam de madrugada na TV, a sua namorada sensível que tinha medo de vomitar e de amar demais, assim como você. A sua melhor amiga pra sentar num banco de praça e falar mal de todo mundo, pra perder um trem na Itália e ainda por cima sentar num chiclete fresco ou pra cuidar do nosso porquinho de pelúcia. Eu era a mulher que encaixava a cabeça nas suas costas e sabia que tinha nascido a partir de você, eu era a mulher que esperava sofridamente você voltar mas nunca deixou de te amar mesmo quando você ia. E você ainda me ama mais do que ontem?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

“Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.” Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 23 de maio de 2011

É Zé... não sinto nada, nadinha!

No domingo veio o Gustavo. Esse eu confesso que não é o que se pode chamar de irmãozinho, ainda que a gente já tenha tomado muitos banhos juntos. Mas olha, seu Zé, que menino mais fofo: veio me trazer um presente. Uma luminária super bonita, dessas de chão. Você não acha que ele mereceu aquele beijo que eu dei nele no elevador? Eu sei que o senhor viu, sei bem. E sei também que o senhor viu que não foi bem um beijinho inocente. Mas ele não merece? Um presente bacana desses, veja só! O senhor entende, né?
Na terça tava um silêncio danado na rua, a maior paz. E eu sei que acordei o senhor. O senhor tava lá dormindo escondidinho na guarita, não tava? E eu no interfone desesperada pra subir logo. Mas o senhor logo entendeu meu desespero, não foi? Não vou enganar o senhor não, pra esse eu dei mais do que um beijo safado no elevador e uma mordiscana irmã no braço. Pra esse eu dei banho e fiz até torrada no café da manhã. O senhor viu como ele era bonito? Nossa. Ah, o senhor reparou também que ele é bem mais novo do que eu? Caramba, seu Zé, mas tá tão na cara assim? Só porque ele usa o moletom da faculdade? Aliás, que moletom mais cheiroso, seu Zé. Que será que tá acontecendo comigo, heim? Ando muito a fim desses garotinhos que ligam pra avisar a mãe que não vão voltar. Será que é a crise dos 30, Zé? Ou será que já que o cérebro de um de 20 é o mesmo que o de um de 50, então pelo menos vamos ficar com o melhor desempenho na corrida dos 100 metros rasos? Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Uma tora. Um macho.
Na quarta eu não vi o senhor, mas será que o senhor me viu chegando cedinho, com o dia amanhecendo? Balada, Zé. E da boa. Sabe quem tava lá? Esse mesmo. Ele que veio me trazer, o senhor não viu? Ah, o senhor viu? Que vergonha. Eu tava meio caindo pelas beiradas não era? Era sono. Tá, um pouco disso e um pouco daquilo também, mas basicamente sono. O senhor não viu ele indo embora? Então somos dois. Mas vou confessar pro senhor: adoro quando eles vão embora sem me dar nenhum trabalho.
Se eu cobro? Que é isso, seu Zé! Tá louco? Sou menina de família! Escritora, publicitária e a espera de um grande amor. Mas to me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, to só obedecendo todo mundo. 
Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Uns vem, uns vão. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas saem dançando por aí. As minhas vão junto. No dia seguinte eu acordo, tomo um banho, passo protetor solar, sento na minha varanda com o meu jornalzinho e ó: nada. Nadinha. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa.
Mas hoje é quinta, hoje tem visita. Hoje tem risada alta, tem festinha, tem maquiagem e música. O senhor promete que não me julga, Zé? Eu sei que você se atrapalha, liga aqui pra cima e fica até mudo. São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não. 
Amanhã é sexta, um novo dia. Um novo outro qualquer. Eu queria te dizer que eu sinto muito, Zé. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé.

Afinal, não era isso que vocês queriam?



Escrever aqui não é fácil. Pra ninguém. Às vezes requer um esforço enorme, botar o dedo na garganta e vomitar tudo isso que fica entalado dentro do nosso peito. O peito tá apertado porque já não tem mais a quem gritar. Há um único homem, bravo e destemido que ainda me escuta. E todos os outros que eram os melhores se foram. Porque ficariam? Pra me decepcionar mais? Não, obrigado. Tenho meu batalhão de marujos que só precisam ver os meus risos. Minhas lágrimas guardo pra eu mesma. Afinal, quem melhor para enxugá-las? Vocês todos não gostaram de me estapear a cara? Olha só. Ainda estou de pé. Sinto muito. Choro porque apesar de tudo ainda não sou de ferro. Mas, meu coração é de pedra. Concreto. A culpa é de vocês, não minha. Choro, mas, choro uma vez ao ano, quando a vadia da saudade volta ao meu lar. Esmurro-a e logo depois ela se vai, então, estou sem mais problemas. Dos maiores, já resolvi. Dos pequenos, nem olho. E dos problemas, que ainda sim me machucam, deixo-me chorar e depois levanto, sigo em frente, afinal, não era isso que vocês queriam?

sábado, 7 de maio de 2011

A vida é muito curta, então quebre as regras, perdoe rapidamente, beije lentamente, ame de verdade e ria descontroladamente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Estou ignorando tanta coisa, fingindo não ver, não sentir.
Desculpa, aprendi a preencher os espaços vazios sozinha.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Saia Plissada, manual de instruções

A saia plissada é algo muito feminino. Qualquer mulher que gosta mesmo de saia (não sou uma delas, é bonito nos outros, não em mim) se sentem realmente poderosas com uma plissada.
Essa saia tem como qualidade alongar a silhueta, então, muitos tipos de corpos ficam bons com ela.
Ela tem que ter um tecido mais levinho como seda, chiffon, cetim... já que o plissado dá volume a saia.
Formatos dessa saia lembram um estilo colegial principalmente, se forem de estampa xadrez.
Onde você pode ver esse tipo de saia é no uniforme da primeira temporada de Gossip Girl.
Uma boa dica de uso dela é combiná-la com blazers, cardigãs, uma jaquetinha... fica lindo.

Mas, se você prefere um jeito mais despojado indico usar com uma camisetinha com uma estampa a sua escolha (pode usar por dentro ou por fora da saia).
E para calçar use sapatilhas, scarpins, botas e na minha opinião, um oxford ficará perfeito.
Não esqueça uma meia-calça.

domingo, 1 de maio de 2011

Sam Tsui's Mashup - Firework + Grenade +Dynamite




(Fireworks)
Do you ever feel like a plastic bag
Floating through the wind
Wanting to start again

Do you ever feel, feel so paper thin
Like a house of cards
One blow from caving in
Do you ever feel already buried deep
Six feet under scream
But no one seems to hear a thing

Do you know that there's still a chance for you
Cause there's a spark in you

You just gotta ignite, the light
And let it shine
Just own the night
Like the Fourth of July

(Grenade)
Easy come, easy go
That’s the way you live, oh
Take, take, take it all, 
But you never give
I should've known you was trouble from the first kiss 
Had your eyes wide open -
Why were they open?
I gave you all I had
And you tossed it in the trash
You tossed it in the trash, you did
To give me all your love is all I ever asked, Cause what you don’t understand is
I would catch a grenade for ya, 
Throw my hand on a blade for ya
 (Fireworks)
Make 'em go "Oh, oh, oh!"
As you shoot across the sky-y-y

Baby you're a firework
Come on let your colors burst
Make 'em go "Oh, oh, oh!"
Gonna leave them going "Oh, oh, oh!"

(Grenade)
I would go through all this pain, Take a bullet straight through my brain,
I would die for ya baby ; But you won’t do the same
 You won’t do the same....

(Dynamite)
Cause we gon' rock this club
We gon' go all night
We gon' light it up
Like it's dynamite!
 And I told you once
Now I told you twice
We gon' light it up

Oh.....

 (Fireworks)
Cause baby you're a firework
Come on let your colors burst
 (Grenade)
I would catch a grenade for ya, 
Throw my hand on a blade for ya, oh,
I would catch a grenade for ya-a-a, 
Woah... oh...

(Fireworks)
Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon, yeah
 (Grenade)
 I would go through all this pain, Take a bullet straight through my brain,
I would die for ya baby

 (Fireworks)
Cause baby you're a firework
Come on let your colors burst