“Que setembro seja melhor e supere todas as angústias, medos, inseguranças e azar de um agosto fudido.”
fuck it. i'm inadequate. what can you do? Eu não escrevo para agradar os outros.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
Mesmo assim, me dói
E te ver ali, me doeu muito. Te ver a mais de um metro de distância me doeu. Você não viu, ela não viu, ele não viu. Ninguém percebeu, mas, hoje, de um jeito incomum, eu observei. Você e ela. E nossa, nunca doeu tanto. Eu sentada no sofá, com aquele carinha de sempre tocando pra gente. E você, recebendo 'baconzitos' na boca. E vocês brigando, brincando, como... eu não posso nem pensar nisso. Quando cheguei em casa, parei pra pensar.
Das coisas que eu já sabia
'Dava para saber que era o certo desde que te vi pela primeira vez.Eu sabia que era certo, tu não sabias.E ponto-final.Nenhuma mágoa.Eu sabia que acabaríamos nos apaixonando.Tu sabias pouca coisa sobre mim, então não há problemas. Eu já entendia o fluxo do vai-e-vem dentro de um coração.E sabia também que tu serias o único que entraria em mim de forma tão avassaladora e ali permanecerias por segundos, horas, anos, décadas, vidas.Tu não entendias bem a maneira que eu tinha de enxergar as coisas.Era simples, é bem simples.Eu entendo o amor no sentido pleno do amor.Compreendo sobre a quantidade de amor que cabe em um instante.E naquele dia, tu me preencheste de amor. Em um instante apenas.Tu não sabias ainda sobre os meus medos, das minhas inquietudes, e por isso é que não são necessárias desculpas.Naquela vez, na adolescência, eu já era velha de espírito.Coisa de mulher que já enfrentou várias barras. Tu eras pequenino ainda, porém tinha e tens dentro de ti essa alma imensa e bonita.E eu te recebi assim, dentro de mim criei um altarzinho com conchinhas e sorrisos teus.A verdade é que eu já sabia que era para sempre.E tu apenas começavas a saber.'
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
tédio.
Nunca estive tão tediosa com a minha vida. Tudo virando rotina. As brigas e reconciliações. As reclamações e as desculpas. As quedas e ascensões.
sábado, 21 de agosto de 2010
carta-desabafo-padrão
Nome da cidade, tanto de tanto de dois mil e tanto .Nome do destinatário. Envio esta carta porque nunca mais quero você na minha frente. E dessa vez falo sério. Nunca mais quero ouvir a sua voz, mesmo que seja se derramando em desculpas. Nunca mais quero ver a sua cara, nem que seja se debulhando em lágrimas arrependidas. Quero que você suma do meu contato, igual a um vírus ao qual já estou imune.
A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.
Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Não quero mais rastros de você no meu banheiro.
Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois - essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Mas antes faço questão de te dizer três coisas.
Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos.
Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana.
Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias.Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você.
Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes.
Adeus, graças a Deus. Nome do remetente.
P.S.: esta não é mais uma dessas cartas-desabafo. P.S. do P.S.: esta é uma carta-desabafo-quase-música-de-Adriana-Calcanhoto.
Fernanda Young
tuas manias
Já percebeu que a gente é o casal mais idiota do mundo? É... pois é. E você sabe exatamente porque né? Porque a gente se ama. Engraçado, mas, a intimidade que a gente tem apesar de tudo é incrível, mesmo se a gente tiver numa cama, só de lençol, a gente estaria ainda sim, rindo um do outro, falando besteira um do outro. Você desarruma todo o meu cabelo, e diz que é só assim que gosta, eu toda descabelada. Ai, eu faço cócegas em você, e a gente começa a se bater como se estivéssemos no jardim. E você sabe qual a frase mais linda que você já me disse, e não é eu te amo ou esse tipo de coisa, não posso pôr aqui, impróprio para menores.
na cama
Depois de tudo, eu e você, deitados, na nossa cama. E eu não consigo parar de te olhar. Olho nos seus olhos, e vejo ali mesmo os sinais da sua idade, que você diz ser tão 'avançada'. Ai vou descendo e olho pra tua boca, com aquele piercing, e eu percebo que a idade nem é tão avançada assim. Vejo a tua barba, já grande, que você teima em não cortar, só pra me deixar brava, eu sei que é por causa disso. Vejo os teus alargadores, que eu amo tanto, e que sou apaixonada perdidamente.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?"
Charles Chaplin
mantendo distância
O que eu posso fazer hoje é me manter longe e te observar, enquanto aos poucos você vai sumindo da minha vida.
sábado, 14 de agosto de 2010
pra te lembrar
o que é que eu vou fazer pra te esquecer? sempre que já nem lembro, lembras pra mim.
Cada sonho teu me abraça ao acordar, como um anjo lindo… mais leve que o ar, tão doce de olhar, que nenhum adeus pode apagar.
O que é que eu vou fazer pra te deixar? sempre que eu apresso o passo, passas por mim. E um silêncio teu me pede pra voltar ao te ver seguindo, mais leve que o ar, tão doce de olhar, que nenhum adeus pode apagar.
Me abraça ao acordar como um anjo lindo… mais leve que o ar, tão doce de olhar que nenhum adeus pode apagar…
Que é que eu vou fazer pra te lembrar? Como tantos que eu conheço e esqueço de amar. Em que espelho teu sou eu que vou estar? a te ver sorrindo… mais leve que o ar, tão doce de olhar que nenhum adeus vai apagar.
Mais leve que o ar, tão doce de olhar…
Que nenhum adeus vai apagar! ♫
(Caetano Veloso)
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
colorful girl
Eu sou cheia de cores, e você não entende. Não entende porque não sabe o quão simples é ser feliz, tem que botar defeito em tudo, tem que ter erro em tudo.
Olha pra frente, aquilo amarelo lá em cima, aquele sol maravilhoso. É, eu sei que faz tempo que você não o vê, tem andado olhando pro chão, que nem se lembrava mais que existia sol.
Aquela menina com o cabelo tão vermelho, é eu sei. Dá vontade de rir. Não por achar ela ridícula, mas, sim, pela vida e a felicidade que uma cor viva nos trás. Nossa, fazia tanto tempo que não via um sorriso sincero em seu rosto.
Sente-se aqui. Na nossa graminha tão verde. A felicidade está aqui, nas cores. E eu sei que olho pra você e vejo todas as cores do mundo. Porque eu sei que a felicidade ainda está em você, escondida. Mas, deixe as cores saírem. Ela sairá também.
Eu sou uma menina colorida. E você?
jess torres
“O que você fizer na vida será insignificante, mas é da maior importância que você o faça porque ninguém mais o fará. Como quando alguém entra na sua vida e metade de você diz que você não está nem um pouco preparado. Mas a outra metade diz: Faça com que ela seja sua para sempre.
Michael, Caroline uma vez me perguntou o que eu diria se eu soubesse que você poderia me ouvir. Agora eu sei: Eu Te Amo. Nossa, como sinto a sua falta. E eu te perdôo.”- Remember Me.
o que está esperando?
Está esperando o que? Um sinal divino, uma visão do que vai acontecer?
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Interstícios
"Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente.
Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça.
Não espere. Promessas, vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos, se realizam, ou não.
Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só. "
domingo, 8 de agosto de 2010
i promise, g.
Você enxugou minhas lágrimas, me segurou firme e não deixou meus pedaços cairem ao chão, como nenhum outro amigo ou nenhuma outra pessoa poderia ter feito.
sábado, 7 de agosto de 2010
até o Natal
entre por essa porta e diga que me adora. ♪
O amor
Semana passada liguei pro meu melhor amigo e convidei para um cinema. A gente não se falava desde o ano novo, quando tudo deu errado pro nosso lado. De tempos em tempos sumimos, falamos umas coisas horríveis de quem se conhece demais. Ele topou desde que fosse daqui pra frente, preguiça de conversar da briga e tal. E fomos. Cheguei antes, comprei. Ele chegou depois, comprou água. Porque eu comprei os ingressos, ele comprou também uns doces e disse que pagaria o estacionamento. Porque ele pagaria o estacionamento, eu disse que daria a carona da volta. E com meu coração tão calmo eu voltei a sentir o soninho de sofá de casa com manta que sinto ao lado dele. A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Já tivemos nossos tempos de transar e passar nervoso e aquela coisa toda de quem ama prematuramente. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala “ah, enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo “ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia, são quase quinze anos. Somos pra sempre. Ele conta do filme que tá fazendo, eu do livro. Os mesmos há mil anos. Contar é sem pressa de acabar. Se ele me corta é como se a frase que eu fosse falar fosse mesmo dele. É um exibicionismo orgânico, como se meu silêncio pudesse continuar me vendendo como uma boa pessoa. São quinze anos. É isso. Ele me viu de cabelo amarelo enrolado. Eu lembro dele gordinho e mais baixo. Ele sempre comprou meus testes de gravidez, mesmo a suspeita nunca sendo nossa. Eu já fui bem bonita numa festa só porque ele queria me fazer de namorada peituda pra provocar a ex mulher. Minha maior tristeza é que todo novo amor que eu arrumo vem sempre com algum velho amor tão longo e bonito. E eu sofro porque com pouco tempo não consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim, nunca dou tempo de ser muito para esses amores porque estrago antes. Mas meu melhor amigo é meu único amor. O único que consegui. Porque ele sempre volta. E meu coração fica calmo. E ele vai comigo na pizzaria e todos meus amigos novos morrem de rir porque ele é naturalmente engraçado e gente boa e sabe todos os assuntos do mundo. E todo mundo adora meu melhor amigo. E eu amo ele. E sempre acabamos suspirando aliviados "alguém é bobo como eu, alguém tem esse humor" e mais uma vez rimos da piada que inventamos, do pai que chega pro filho e fala: sua mãe não é sua mãe, eu transei com outra". E esse é meu presente dessa fase tão terrível de gente indo embora. Quem tem que ficar, fica.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
dos meus sentimentos, sei eu.
E o que dizer quando todos te apontam te dizendo de quem tu gosta, de quem tu não gosta, como se você mesmo não tivesse vontade própria o suficiente pra afirmar se gosta ou não. Pois é, fiquei sabendo que andam mandando nos meus sentimentos. É o seguinte, meu melhor amigo é meu melhor amigo. Se eu gostasse dele eu seria mulher o suficiente pra chegar nele, e dizer, como um dia já o fiz, como muitas ( e são muitas mesmo) não tem coragem de fazer. Meu namorado é meu namorado. Eu gosto dele e ponto. Ninguém melhor do que eu pra saber disso.