domingo, 27 de junho de 2010

dor de cabeça


Viver nesse mundo não é algo tão fácil. Ingenuidade é quase sempre uma arma que fica apontada pra nossa própria cabeça, que nós mesmos apontamos, os outros se usam dela, e assim é. Viver nessa terra que cada um pensa por si, e que o amor ao próximo é coisa do passado fica cada dia mais insuportável. Fica insuportável de se amar. Porque quando se ama, se ama de corpo, alma e coração. E pra sua maior decepção, caro leitor, o ser amado prefere esquartejar seu corpo, queimar sua alma, e despedaçar seu coração. E por pior que cada dia pareça, a cada dia que estamos sem o amor, queremos mais ele. Queremos sim, a presença esmagadora do outro; queremos sim o cheiro insuportável que não sai da sua cabeça; e queremos sim, profundamente, intensamente, desesperadamente, ser um do outro. E quanto mais querer, mais sofrer há. E que dor de cabeça é ter que namorar, e ter que amar.
Escolhas que fazemos pode nos levar a um caminho mais fácil, menos doloroso. Escolha não se entregar, caro leitor. Não se entregue ao primeiro Don Juan ou a primeira Piriguete que aparecer. Não se precipite. Digo isso por experiência própria.
Mas, de tanto errar, acabei acertando. E posso lhes dizer que o amor é a melhor dor de cabeça que se pode ter. Tenha certeza. E mais uma coisa caro leitor, último de meus conselhos vãos, que talvez (certeza) vocês não sigam, se atentem para esse: ame. Por mais insuportável e difícil que seja, ame.
jess torres

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