
“Posso engolir o choro algumas vezes, fingir ser forte e corajosa, mas por dentro o que eu mais quero é sair gritando por ai que não agüento mais ser forte. Chega um dia em que a vida de atriz cansa.
fuck it. i'm inadequate. what can you do? Eu não escrevo para agradar os outros.
Quando a gente foi ver o pôr-do-sol na praia, e a gente ficou abraçado, e a gente se achou brega demais, e a gente morreu de rir. Eu senti um daqueles segundos de eternidade que tanto assustam o nosso coração acostumado com a fugacidade segura dos sentimentos superficiais. Olhei para você com aquela sua sueter que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem, que eu tive vontade de ser a melhor mulher do mundo. E eu tive vontade de fazer ginástica, ler, ouvir todas as músicas legais do mundo, cozinhar, arrumar seu quarto, escrever um livro, ser mãe. E aí eu só olhei pra bem longe, muito além daquele Sol, e todo o meu passado se pôs junto com ele. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia (…)
- Tati Bernardi
“Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade,
meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo
desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.”
- Tati Bernardi