sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Always us


As máscaras estão em nossos rostos e acabamos de entrar no baile. Mas, espere um momento, todos estão com as máscaras iguais, menos eu. Todos estão muito satisfeitos com elas, menos eu. Eu quero arrancá-la e mostrar quem eu sou. Quero arrancá-la e mostrar o amor que tem no meu peito e que o faz pulsar, e que o faz gritar. Você não escuta. Você é todos eles. Mas, você não escuta. O grito de desespero que vem pelo coração, passa por minhas veias, explodi por todos os lados... mas, não. Você não ouve.
Não sei qual é o verdadeiro entre todos vocês. Queria te encontrar. Sentir o cheiro da sua nuca de novo. Mas, não. Como irei descobrir onde você está? Qual deles você será?
De repente, olho pro lado, vejo o homem colado a uma mulher loira. Se dizem tão amigos, é isso que ele me diz. O resto pode ver tão além de amizade. Nada que eu acredite, mas, de tantas vezes contadas, às vezes a mentira nos chega aos ouvidos, verdade. I don't believe.
Quando o relógio soar meia-noite, as máscaras caem. Estou suando. Estou desesperada.
Meia-noite, e era você ao lado dela. Seja ela o que for, eu sou queria não me importar. Eu só queria não enxergar. Eu só queria te amar. Queria um amor a dois. Com jantar de velas pra dois. Não quero todos a nossa volta, como nesse baile, como nessa sala, como nessa vida. Será que depois de todo esse tempo é pedir demais pra você ser só meu? É pedir demais pra ter o meu homem só pra mim? Só queria não ter mais que escutar: ele tá namorando com aquela loira? Pensei que fosse a morena.

Pensei que fosse eu. Pensei que fosse nós. Eu só queria que fosse somente nós.
Always mine.
Always yours.
Always us.

Jessica Torres

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comente aqui